Plantando neutricidade

5/11/2011 10:41:00 AM Postado por Vini Barros

A felicidade é como faísca num campo de capim seco. É preciso apenas a menor delas para que o fogo se alastre, e ele vai se espalhando, quanto mais o tempo passa mais forte e vivo fica o fogo, e mais e mais ele vai se espelhando entre os campos. Mas uma hora ou outra, sempre surge alguém para apagar o fogo, pois um incêndio não é bem vindo, mesmo que ele esteja consumindo, seu própio campo, mesmo que você esteja bem com aquilo. As pessoas, umas mais. outras menos vão sempre se incomodar com a sua felicidade. Pois elas querem usar do seu campo para benefício próprio, plantam as esperanças, sonhos e expectativas e esperam que você sempre corresponda, que seu campo seja sempre fértil, sempre produzindo, nunca recebendo nada em troca. 



Mas e depois que o incêndo foi controlado? O que sobra? A resposta é bem simples, cinzas. A terra fica improdutiva, e aqueles que estavam ávidos em ter as suas terras de novo, perdem o interesse em ver a terra em estado tão deplorável, e partem em um grande exôdo a procura de novas terras em que possam mais uma vez plantar e colher suas ambições. E o pobre dono das terras como fica? Este fica desolado no iníco, mas logo ele começa a ver novas possibilidades para a terra. Não sei todos, mas eu tenho uma certa dificuldade em tratar da minha terra só, então peço aqueles que não seguiram o exôdo para ajuderem na lida da terra.



O problema é que nem todos querem tratar da terra assim, eles querem, ou ver ela verde outra vez, ou brilhante dentre as chamas, não percebem que pra que isso aconteça, leva um tempo. Tempo este que não vale a espera, a vontade e muita mas a paciência, esta é pouca.
Escrevi tudo isso, com um único intuito: Dizer que minhas terras hoje estão neutras. Ao que pareçe a felicidade não brota muito bem nessas terras e quando ela fica repleta de cinzas, as pessoas simplesmente não tem paciência de esperar a terra voltar normal. Não digo que irei abandona-la, o que as vezes pareçe ser a melhor escolha, eu percebi que certo mesmo é a incerteza de que nada é certo. Pensei que minhas terras, minha vida, finalmente estavam indo num rumo certo, mas veio a chuva, uma garroa apenas, e levou parte da minha plantação de esperança. O amor, esse ficou intocavél, esperando vir aquele que tão bem sabe rega-lo.